Trabalhamos sem infraestrutura necessária, sem sistemas
adequados e com carência de pessoal.
O trabalho nas APS é prejudicado pela falta de treinamento,
normas confusas e rotinas de trabalho que desequilibram a relação quantidade e qualidade.
No INSS, a única ferramenta de gestão utilizada é a punição
dos servidores. Por exemplo, se não cumprida a meta do IMA/GDASS, os
trabalhadores são penalizados; se eles não cumprem as sete metas do REAT,
perdem a jornada de trabalho.
Chegamos ao absurdo de nossos erros cometidos por
força dessa péssima organização do trabalho terem sido imputados ao servidor do
INSS pela IN 74, com graves prejuízos não só ao salário dos trabalhadores como
ao seu patrimônio.
Por isso, o Comando Nacional de Greve da FENASPS (CNGF)
tomou como tarefa buscar junto à Direção do INSS solução para os problemas que
os servidores enfrentam. A categoria quer discutir os processos de trabalho, os
tempos dos procedimentos que realizam no INSS, debater as metas e os índices.
Vale lembrar que na reunião que realizamos com a Diretoria
do INSS, no dia 22 de julho, além de mais uma vez termos reapresentado a nossa
pauta específica de reivindicações, exigimos soluções para essas questões.
Assim, a presidente do INSS propôs a realização de duas reuniões: uma para
discutir a Instrução Normativa 74 e outra para discutir metas e índices.
A reunião da IN 74 teve avanços conforme os informativos
anteriores do Comando Nacional de Greve. Já na reunião das metas e dos índices,
a Fenasps de imediato se deparou com a tentativa dos representantes da
Diretoria do INSS em discutir apenas a flexibilização do REAT, ou seja, tinham
como objetivo diluir a nossa reivindicação de solução da carga horária de 30h
para todos por meio da inscrição desse direito na Carreira do Seguro Social, ou
através da aplicação sumária sem pré- requisitos ou exigência via Decreto
Presidencial do turno ininterrupto.
Para o CNGF, a
discussão das 30h se dá em nível ministerial, com Planejamento, com a
Previdência e a presidência do INSS, utilizado o debate para discussão do
processo de trabalho em si com foco para desconstruir o atual o modelo vigente
expondo as suas falhas.
Conseguimos com essa exposição demonstrar a falência do
atual sistema de gestão do INSS, e que a metodologia impositiva e unilateral do
Instituto desprovida da realidade dos ambientes de trabalho não podem mais ter
continuidade. Forçamos o debate da necessidade de as metas e índices refletirem
a realidade do local de trabalho; sem mais mascarar números (nos moldes do
anexo).
Para concretizar a fixação dos tempos e oferta de serviços
arrancamos agora, fruto da Greve, instituição de Comitê com formação paritária
de votos assim disposto: três servidores de APS eleitos por seus pares, três
representantes do Governo e um sétimo voto com igual peso destinado a
representação sindical. Isso é um primeiro esboço que será concretizado em
momento posterior no conjunto das pautas de Negociação da Greve.
Ressaltamos novamente a importância da união e coesão dos
trabalhadores, para se manterem firmes na greve. As conquistas não virão sem o
fortalecimento e a ampliação da greve, realizando mobilizações, manifestações
de rua, dentre outras atividades.
Agora não é hora de recuar!
Brasília, 31 de
julho de 2015
CONFIRA AQUI a íntegra do Informativo n° 020 do Comando Nacional de Greve da Fenasps (CNGF).
CONFIRA AQUI o relatório anexo ao Informativo 020 do CNGF.
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